Numa altura em
que se devia discutir o Orçamento do Estado para 2014, que parece ser bem
trágico para a vida dos portugueses, temos um radical Passos a passar-se e a tornar-se num vulgar panfletário, que insulta a
oposição e os seus antecessores, que pressiona o Tribunal Constitucional, que
manipula indicadores e usa a mentira ou a meia-verdade para enganar os incautos.
Ele está desesperado com o atoleiro em que se meteu, de braço dado com a troika e com os seus juvenis assessores,
mas fala em sucesso governativo, crescimento da economia, redução do
desemprego, milagre económico e eu sei lá que mais. O Passos passou-se. Não vemos nada disso e, pelo
contrário, vemos desemprego, decadência, empobrecimento, emigração, indignação,
medo, desesperança e ruptura social mas, porque a troika mandou, o Passos obedece-lhe sem pestanejar e, com uma
insultuosa arrogância, insiste em meter a oposição numa embarcação que continua
a meter água. Passa o dia a insultá-la e passa esse discurso para os seus apoiantes que cantam a uma só voz como se fossem um coro de igreja e, depois, insiste para que a oposição embarque
numa viagem que não é a sua.
É hoje evidente
que quando entrou nisto, empurrado pelos relvas, moedas, catrogas e outros companheiros
de aventura, ele não tinha ideias nem percebeu onde se metia porque nunca tinha
trabalhado e não estudara a lição. E disse que "nós calculámos e estimámos
e eu posso garantir-vos: não será necessário em Portugal cortar mais salários
nem despedir gente para poder cumprir um programa de saneamento
financeiro" (30-4-2011) e "não usaremos
nunca a situação que herdámos como uma desculpa para aquilo que tivermos de
fazer” (16-6-2011).
São
apenas duas das mais emblemáticas mentiras do homem que se passou e que usa a mentira mil vezes repetida como modo de vida
político, como se todos nós tivessemos má memória.
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