quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A dieta mediterrânica como património

A dieta mediterrânica foi esta semana classificada pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade, com base numa candidatura apresentada pela Câmara Municipal de Tavira.  
Desde Novembro de 2010 que a dieta mediterrânica já era considerada Património da Humanidade na Espanha, na Grécia, na Itália e em Marrocos, mas estes países juntaram-se à candidatura transnacional coordenada por Portugal e apoiada por Chipre e pela Croácia para, de forma mais abrangente, renovarem a decisão que foi agora aprovada durante a 8ª sessão do Comité Intergovernamental da UNESCO realizada no Azerbaijão.
A dieta mediterrânica não é uma dieta alimentar específica para perder ou ganhar peso, mas antes um conjunto de hábitos alimentares saudáveis. É um estilo de vida que vai muito para além da confecção dos alimentos, pois tem a ver com práticas produtivas na agricultura e nas pescas, com formas de preparação e consumo dos alimentos, com festividades, tradições orais e expressões artísticas. A dieta mediterrânica valoriza o pão, o vinho, o azeite e todos os produtos agrícolas da época, tendo por base um estilo de vida comum aos povos que habitavam a bacia do Mediterrâneo desde há milénios. Para além daquele tronco comum de produtos e comportamentos, cada país tem as suas especificidades e, no caso português, destacam-se as sopas, as açordas, as caldeiradas, as comidas frias de Verão e, até, as grandes sardinhadas que as Festas dos Santos Populares não dispensam.
No domínio do Património Imaterial da Humanidade a dieta mediterrânica junta-se ao fado, constituindo as duas inscrições portuguesas nesta categoria de bens classificados pela UNESCO.
 

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