sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Goa recebe os III Jogos da Lusofonia

A terceira edição dos Jogos da Lusofonia iniciam-se amanhã em Goa e decorrerão até ao dia 29 de Janeiro, com a participação de cerca de 1500 atletas provenientes de 12 países - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor (membros plenos da ACOLOP - Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa) e Guiné Equatorial, Índia (Goa) e Sri Lanka (membros associados da ACOLOP).
Os Jogos da Lusofonia são um evento desportivo entre os países de língua portuguesa, constituindo a versão portuguesa dos Jogos Olímpicos, dos Jogos da  Commonwealth ou dos Jeux de la Francophonie. As duas primeiras edições dos disputaram-se em Macau (2006) e em Lisboa (2009), tendo os resultados desportivos favorecido o Brasil (133 medalhas), Portugal (125), Macau (26), Angola (19) e Cabo Verde (13). Nesta edição Portugal vai estar representado por 57 atletas que participarão apenas em seis das dez modalidades presentes nos Jogos, designadamente nas provas de atletismo, judo, taekwondo, ténis de mesa, voleibol de praia e wushu, mas não vai estar presente nas provas de basquetebol, voleibol, desporto para deficientes e, sobretudo, no torneio de futebol, o que constitui uma desilusão para os goeses, uma vez que o futebol é o desporto-rei de Goa.
É lamentável que as nossas autoridades desportivas e até governamentais não tenham actuado no sentido de que fosse apresentada uma representação mais numerosa e mais credenciada, uma vez que só uma atleta olímpica estará em Goa (a judoca Yahima Ramirez). O atraso nas datas dos Jogos da Lusofonia, deslocados de Novembro para Janeiro devido a atrasos verificados na construção de novos recintos desportivos, terá alterado a programação da representação portuguesa e desviado os principais nomes do desporto nacional, muitos deles subsidiados pelo Estado. Porém, isso não é razão suficiente para justificar este desinteresse e esta presença tão pobre. A memória portuguesa em Goa merecia um outro tipo de representação.

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