quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Os ratos travestidos de comentadores

Hoje termina a campanha eleitoral em que fomos bombardeados por muitos jornais, muitíssimos jornalistas e alguns comentadores, cujo alinhamento politico-partidário envergonha os códigos éticos do jornalismo – rigor, objectividade, imparcialidade, verdade, independência. Muitas dessas tristes personagens, revelaram não ter qualquer ponta de dignidade e prestaram-se a papéis de uma confrangedora mediocridade.
Assistimos à publicação e à divulgação televisiva de demasiada “matéria encomendada”, muitas vezes para pagar os favores recebidos durante quatro anos e, asssistimos, também, a uma completa demissão do papel fiscalizador dos jornalistas – o quarto poder – pois aliaram-se ao governo e repetiram exaustivamente as suas mentiras, ignorando o tratamento dos temas sociais que tanto nos empobreceram. Essa postura é altamente reprovável e revela que a liberdade de imprensa e o direito a ser informado com rigor e objectividade já conheceu melhores dias entre nós. Porém, se essa atitude pode ser compreendida nos estagiários e nos jovens jornalistas que procuram assegurar o seu precário emprego, já o mesmo se não pode dizer dos pseudo-comentadores televisivos que, desde há muito tempo, aproveitaram a sua condição para fazer campanha partidária da forma mais grosseira e atrevida que lhes foi possível. Repetidamente, pouparam qualquer crítica substantiva ao passos e à sua dama de companhia portas e, repetidamente e durante longos tempos de antena televisivos, criticaram o candidato do maior partido da oposição. Cinicamente. Depois, ainda andaram na rua e nos comícios de bandeirinha na mão a repetir as suas atoardas contra o costa. Que triste figura! Que bandalheira! Que vulgaridade! Assim a política é uma vigarice. Afinal, eles não passam de uns pobres ratos do regime que se travestiram de comentadores. Há gente para tudo!

Sem comentários:

Enviar um comentário