Hoje termina a
campanha eleitoral em que fomos bombardeados por muitos jornais,
muitíssimos jornalistas e alguns comentadores, cujo alinhamento
politico-partidário envergonha os códigos éticos do jornalismo – rigor, objectividade,
imparcialidade, verdade, independência. Muitas dessas tristes
personagens, revelaram não ter qualquer ponta de dignidade e prestaram-se a
papéis de uma confrangedora mediocridade.
Assistimos à
publicação e à divulgação televisiva de demasiada “matéria encomendada”, muitas
vezes para pagar os favores recebidos durante quatro anos e, asssistimos,
também, a uma completa demissão do papel fiscalizador dos jornalistas – o
quarto poder – pois aliaram-se ao governo e repetiram exaustivamente
as suas mentiras, ignorando o tratamento dos temas sociais que tanto nos empobreceram. Essa postura é altamente reprovável e revela que a
liberdade de imprensa e o direito a ser informado com rigor e objectividade já
conheceu melhores dias entre nós. Porém, se essa atitude pode ser compreendida nos estagiários
e nos jovens jornalistas que procuram assegurar o seu precário emprego, já o
mesmo se não pode dizer dos pseudo-comentadores televisivos que, desde há muito
tempo, aproveitaram a sua condição para fazer campanha partidária da forma mais
grosseira e atrevida que lhes foi possível. Repetidamente, pouparam qualquer
crítica substantiva ao passos e à sua dama de companhia portas e, repetidamente
e durante longos tempos de antena televisivos, criticaram o candidato do maior
partido da oposição. Cinicamente. Depois, ainda andaram na rua e nos comícios de bandeirinha na mão a repetir as
suas atoardas contra o costa. Que triste figura! Que bandalheira! Que vulgaridade! Assim a política é uma vigarice. Afinal, eles
não passam de uns pobres ratos do regime que se travestiram de comentadores. Há gente para
tudo!
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