terça-feira, 10 de julho de 2018

Angola e Portugal: um renovado abraço

Depois de alguns tempos de falta de entendimento e até de ameaça de retaliações, parece que as relações entre Portugal e Angola estão a entrar na linha de onde nunca deviam ter saído. O chamado irritante que tanta tinta fez correr, parece estar ultrapassado e tudo se conjuga para que o Presidente João Lourenço visite Portugal, que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa visite Angola, que as trocas comerciais se acentuem e que a cooperação bilateral se intensifique em todos os domínios.
Portugal e Angola não são apenas dois estados soberanos com assento na comunidade internacional, porque existe entre eles um tão vasto conjunto de afinidades culturais e afectivas resultantes de um convívio secular e de uma história comum, naturalmente marcada pelas vicissitudes próprias de qualquer processo histórico. Porém, dessa relação nasceu um património cultural comum assente na língua portuguesa e um conhecimento recíproco que é intenso e singular. Ninguém conhece Angola como os portugueses e os angolanos sabem que estão em casa quando entram em Portugal.
Por vezes ainda surgem lembranças menos felizes do passado colonial, mas essas são as excepções a confirmar a regra de uma recíproca admiração entre portugueses e angolanos.
O Jornal de Angola fala hoje em momento auspicioso. E tem razão. Numa altura de alguma instabilidade política internacional, é uma boa altura para que os dirigentes portugueses e angolanos saibam encontrar o caminho certo do diálogo e da cooperação para benefício das duas nações.

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