sábado, 7 de julho de 2018

O Brasil também disse adeus ao Mundial

Ontem a selecção brasileira foi derrotada em Kazan pela selecção belga por 2-1 e foi eliminada do Campeonato do Mundo de Futebol. Uma boa parte do Brasil chorou, mas não é caso para isso. No futebol, como na vida, não se ganha sempre e é um erro muito doloroso pensar-se que se pode ganhar sempre ou que os adversários estão sempre condenados a perder. Se os adeptos das equipas que neste campeonato já foram derrotadas na Rússia começassem a chorar, teríamos lágrimas por todo o continente sul-americano desde o México à Argentina, passando pela Colômbia, pelo Peru e pelo Uruguai.
Por isso, os meus amigos brasileiros não têm razões para chorar, nem sequer para ficar tristes. Aqui na península Ibérica, onde também há muitos futebolistas de grande talento, as equipas nacionais de Portugal e da Espanha que tanto prometiam e tanto ambicionavam, também ficaram pelo caminho e não houve nenhuma comoção nacional.
A exagerada mediatização do fenómeno do futebol tem originado que um tão apreciado desporto-espectáculo se tenha transformado num negócio, cujas envolventes emocionais lhe dão contornos de um grande combate ou mesmo de uma grande guerra. Mas futebol não é combate, nem é guerra. É apenas futebol.
E ontem, os belgas que também são muito bons praticantes e muito competitivos, que têm a escola inglesa pois jogam nas suas grandes equipas, marcaram mais golos que os brasileiros. Foi só isso. Não é caso para chorar, nem sequer para ficar triste.

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