terça-feira, 10 de julho de 2018

Reino Unido, Brexit e todas as dúvidas

As negociações do Brexit têm sido complicadas e, por isso, a primeira-ministra britânica Theresa May tem procurado sempre o apoio do Partido Conservador. Assim aconteceu em data recente, para ultrapassar algumas dúvidas surgidas em torno da opção por um soft Brexit ou por um hard Brexit. Só que, alguns destacados membros do partido e do governo que em 2016 participaram na campanha pelo Brexit, decidiram acusar Theresa May de estar a aceitar um soft Brexit, ou mesmo um Brexit só no papel.
Como consequência, David Davis o ministro do Brexit, renunciou ao seu cargo, acompanhado pelo seu adjunto. Poucas horas depois, também Boris Johnson o ministro dos Negócios Estrangeiros, desde há muito tempo um crítico de algumas posições assumidas por Theresa May no processo de saída da União Europeia, renunciou às suas funções declarando que the Brexit dream is dying. O jornal The Times foi um dos periódicos londrinos que destacou esta declaração de Boris Johnson.
O problema é politicamente muito sério. Os britânicos escolheram o Brexit em Junho de 2016 por uma curtíssima margem de 51,9%, com o voto contra da Escócia, da Irlanda do Norte e da cidade de Londres. Os vencedores terão votado mais contra os imigrantes, mostraram-se apoiantes do racismo e da xenofobia e, provavelmente, não equacionaram as consequências da saída da União Europeia.
A saída destes ministros do governo de Theresa May é um duro golpe para o Brexit, uma vez que muitos sectores políticos e sociais têm agora a esperança “de ver chegar ao fim, finalmente, toda esta loucura” que, segundo dizem, “nunca devia ter acontecido”.
Aguardemos, portanto, o que vai acontecer.

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