segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A febre independentista da Catalunha

As celebrações do Dia Nacional da Catalunha que aconteceram no dia 11 de Setembro, dinamizaram o sentimento independentista, não só na região catalã, mas chegaram também ao País Basco e à Galiza. O problema é complexo e o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy apressou-se a enviar uma carta a Artur Mas, o presidente do governo regional da Catalunha, no sentido de discutirem o futuro daquela região noroeste da península Ibérica, mas rejeitou frontalmente que se realizasse um referendo sobre a independência da região, como tem sido reivindicado pelos independentistas catalães. Segundo alguns estudos conhecidos, estima-se que metade dos 7,5 milhões de catalães sejam favoráveis à independência, embora exista uma grande diversidade de modelos, que vão desde a independência completa e formal, até aos estatutos de maior autonomia mas dentro da Espanha e da União Europeia.  
A imprensa espanhola tem tomado posição sobre esta questão, alinhando-se com os diversos pontos de vista em confronto. Assim, o diário madrileno La Gaceta decidiu traçar um cenário possível para uma Catalunha independente, especulando sobre o que seria, cinco anos depois de uma hipotética independência, a economia, a política, a sociedade e a posição internacional catalãs. E depois de quatro páginas dedicadas ao tema, afirma que a Catalunha independente teria um futuro de ruina económica, com expulsão da UE e do euro, a fuga de capitais, a queda das exportações, o aumento do desemprego e do défice, a deslocalização empresarial e uma acentuada quebra do PIB que poderia atingir os 23%. E conclui: “uma Catalunha livre, independente e ... pobre”, ou seja, a independência também é uma moeda de duas faces.

 

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