sábado, 20 de janeiro de 2024

O possível regresso de Trump e o futuro

Os resultados das eleições primárias no estado de Iowa parecem ter alarmado o mundo e há quem afirme que Donald Trump irá assegurar rapidamente a sua nomeação como candidato do Partido Republicano às eleições presidenciais americanas do próximo dia 5 de Novembro. Em paralelo, as sondagens que vão sendo conhecidas indicam que ele vai à frente na corrida presidencial e, portanto, começa a desenhar-se o regresso de Donald Trump à Casa Branca. Perante este quadro, a edição de hoje do semanário alemão Der Spiegel, que é uma das maiores revistas europeias, não hesita em apresentá-lo como o favorito dos americanos, mas também como um ditador.
A ser assim, a América e o mundo vão mudar muito e aproximam-se tempos muito difíceis, havendo quem os classifique como tempos perigosos. Diz-se que Putin e Netanyahu estão a deixar correr o tempo à espera que Trump regresse, enquanto se vão calar as vozes que apostavam na solidariedade americana para resolver os problemas europeus, como sucede com Ursula von der Leyen, Jens Stoltenberg e todos os que passam o tempo a falar em guerra e nunca falam em paz.
Perante o cenário que se vai desenhando do outro lado do Atlântico, bom seria que a Europa se preparasse para o que de lá pode vir, reforçando-se nas eleições europeias de 6 a 9 de Junho, mas também nas eleições nacionais que vão acontecer em vários países.
O regresso de Donald Trump, se vier a acontecer, é realmente um perigo para a democracia e uma ameaça para a Europa, mas pode ser uma oportunidade para que o Velho Continente repense o seu papel no mundo, para que recupere a sua própria voz na cena internacional e, sobretudo, para que cuide melhor do bem-estar dos europeus.

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