quinta-feira, 30 de maio de 2024

A enorme força dos festivais da Lusofonia

O jornal Correio da Manhã-Canadá que se classifica como “o melhor jornal em língua portuguesa do Canadá”, aparece semanalmente em Brampton, uma comunidade localizada na área metropolitana de Toronto. Na sua última edição, o jornal anuncia que é “já este fim-de-semana” que se inicia o 5º Lusofonia Festival e, ao mesmo tempo, convida cada um dos seus leitores para que “celebre connosco os 50 anos da cidade de Brampton e o Dia de Portugal”. A notícia é ilustrada com o logotipo do 5º Lusofonia Festival, onde se reconhecem as bandeiras dos nove países da CPLP e, também, a bandeira da Região Administrativa Especial de Macau.
A questão da Lusofonia é muito falada em Portugal, mas quase sempre com um conteúdo demasiado retórico e inconsequente. Por outro lado, em muitas das comunidades da diáspora, a Lusofonia é celebrada com orgulho e junta todos aqueles que falam português, com as suas músicas, as suas gastronomias, o seu folclore e artesanato, as suas festividades religiosas e as suas práticas culturais. Assim acontece no Canadá e nos Estados Unidos, na África do Sul e em Macau, mas também em outras comunidades lusófonas espalhadas pelo mundo e em especial na Europa.
Segundo os seus organizadores esta sequência de eventos na cidade canadiana de Bampton ”celebra a diversidade, fortalece laços económicos e sociais e promove a inclusão”, enriquecendo a comunidade lusófona. Aqueles que vivem ou viveram fora do território nacional envolvem-se com maior entusiasmo nas festividades lusófonas, atenuando as "saudades do fado e do bacalhau", mas evocando também as memórias mais profundas das suas origens. O facto é que estas iniciativas da sociedade civil, designadamente na diáspora, fazem mais pela língua portuguesa do que as conferências, os simpósios e os colóquios que as instituições públicas promovem, muitas vezes com elevados custos para o erário público.

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