O jornal Correio
da Manhã-Canadá que se classifica como “o melhor jornal em língua
portuguesa do Canadá”, aparece semanalmente em Brampton, uma comunidade
localizada na área metropolitana de Toronto. Na sua última edição, o jornal
anuncia que é “já este fim-de-semana” que se inicia o 5º Lusofonia Festival e,
ao mesmo tempo, convida cada um dos seus leitores para que “celebre connosco os
50 anos da cidade de Brampton e o Dia de Portugal”. A notícia é ilustrada com o
logotipo do 5º Lusofonia Festival, onde se reconhecem as bandeiras dos nove
países da CPLP e, também, a bandeira da Região Administrativa Especial de
Macau.
A questão da
Lusofonia é muito falada em Portugal, mas quase sempre com um conteúdo
demasiado retórico e inconsequente. Por outro lado, em muitas das comunidades
da diáspora, a Lusofonia é celebrada com orgulho e junta todos aqueles que
falam português, com as suas músicas, as suas gastronomias, o seu folclore e
artesanato, as suas festividades religiosas e as suas práticas culturais. Assim
acontece no Canadá e nos Estados Unidos, na África do Sul e em Macau, mas
também em outras comunidades lusófonas espalhadas pelo mundo e em especial na
Europa.
Segundo os seus
organizadores esta sequência de eventos na cidade canadiana de Bampton ”celebra
a diversidade, fortalece laços económicos e sociais e promove a inclusão”,
enriquecendo a comunidade lusófona. Aqueles que vivem ou viveram fora do
território nacional envolvem-se com maior entusiasmo nas festividades
lusófonas, atenuando as "saudades do fado e do bacalhau", mas evocando também as
memórias mais profundas das suas origens. O facto é que estas iniciativas da sociedade civil, designadamente na diáspora, fazem mais pela língua portuguesa do que as conferências, os simpósios e os colóquios que as instituições públicas promovem, muitas vezes com elevados custos para o erário público.
Sem comentários:
Enviar um comentário