Faltam pouco mais
de cinco meses para as eleições americanas e o mundo mostra-se cada vez mais
interessado, talvez mesmo preocupado, com o que vai acontecer no dia 5 de
novembro de 2024, isto é, se o próximo presidente dos Estados Unidos será o
democrata Joe Biden ou o republicano Donald Trump.
Desde há vários
meses que as sondagens têm sido favoráveis a Donald Trump, mas se há sondagens
para todos os gostos em todo o lado, nos Estados Unidos essa é uma verdade
ainda mais evidente. No entanto, os observadores têm destacado o facto de Trump
estar em vantagem em cinco estados decisivos – Michigan, Arizona, Nevada,
Geórgia e Pensilvânia – enquanto Biden não tem recuperado terreno, apesar da
melhoria económica americana e da provável condenação de Trump no caso do
pagamento a uma atriz pornográfica com dinheiros públicos. Porém, a mais
recente sondagem que se conhece e que é analisada pela revista Newsweek,
indica que há uma quebra no apoio a Joe Biden, sobretudo entre os eleitores
mais jovens, nos negros e nos hispânicos, que contestam a política americana em relação
a Israel. Embora os americanos não estejam a combater na Ucrânia, nem em Gaza,
como aconteceu no Vietnam, no Iraque e no Afeganistão, a violência da guerra tem entrado
diariamente em sua casa através das trágicas imagens televisivas.
Ninguém aprova a violência israelita, mas Joe Biden não consegue acabar com
ela.
O protesto contra o apoio militar americano a Israel tem subido de tom entre os
jovens, entre os árabes americanos e até em alguns judeus, que mostram indignação
pelas dezenas de milhares de palestinianos mortos em Gaza. As imagens televisivas da tragédia geram um protesto que tem aumentado e podem custar a reeleição a Joe Biden,
como refere a capa da Newsweek. Enfim, com Biden ou Trump, muitos americanos temem pelo futuro.
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