O
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou os resultados
de um estudo feito a partir dos resultados do XIII Recenseamento Geral do
Brasil, mais conhecido como Censo 2022, que retrata a população brasileira no dia
1 de agosto de 2022. Uma parte desses resultados foi divulgada pelo jornal O Dia,
que se publica no Rio de Janeiro e é muito curiosa, pois mostra aquilo que
muitos brasileiros não gostam de saber, isto é, que as raízes do Brasil são
portuguesas, como escreveu Sérgio Buarque de Holanda, mas que a marca
portuguesa continua bem forte no Brasil contemporâneo, não só através da língua
mas também através dos nomes. “Um país formado por milhões de Silvas”, como
escreveu O Dia, ou o país das Marias e dos Silvas, dos Josés e dos
Santos.
De cada cem brasileiros,
seis são Marias, isto é, o Brasil tem 12,3 milhões de Marias, mas nas cidades
cearenses de Morrinhos e Bela Cruz, as Marias somam 22% da população. Já os Silva são 34 milhões
de brasileiros ou 16% da população e, em seis cidades de Pernambuco e Alagoas,
os Silva são mais de 60% da população.
Os nomes mais frequentes nas mulheres
são Maria (mais de 12 milhões), Ana, Francisca, Júlia e Antónia, enquanto nos
homens os nomes mais habituais são José (mais de 5 milhões), João, António, Francisco e Pedro.
Relativamente aos apelidos, os mais frequentes são Silva (mais de 34 milhões),
Santos (21,3 milhões), Oliveira (11,7 milhões), Sousa (9,1 milhões), Pereira
(6,8 milhões), Ferreira (6,2 milhões), Lima (6,0 milhões), Alves (5,7 milhões),
Rodrigues (5,4 milhões) e Costa (4,8 milhões).
É difícil encontrar sinais tão
marcantes de portugalidade na identidade brasileira para além da própria língua,
mas esta revelação feita pelo estudo do IBGE é realmente surpreendente pela forma como os brasileiros usam nomes de origem
portuguesa.














