Faltam apenas
dois dias para o encontro de Anchorage entre Donald Trump e Vladimir Putin e
muito se tem especulado sobre essa reunião que, entre outros assuntos, vai
procurar uma solução para o problema da Ucrânia, onde tem morrido muita gente. Seria
muito bom que houvesse “fumo branco” e que o povo e as cidades ucranianas
voltassem a viver em paz.
Muito se tem
especulado, sobretudo através dos incontáveis comentadores que tomaram conta
das televisões portuguesas, sobre o que pode acontecer nesse encontro, se
Zelensky estará ou não presente no Alasca, se haverá ou não um cessar-fogo, se
haverá cedências das partes e que tipo de cedências. Há demasiada especulação
daqueles que precisam de alimentar espaços noticiosos e audiências,
esquecendo-se que a diplomacia está a trabalhar e que a sua principal regra de
conduta é a discrição.
A capa do jornal New
York Post diz quase tudo. Os europeus estarão fora a reunião de
Anchorage e a sua voz vale cada vez menos, porque tem dirigentes medíocres que,
desde 2014, se demitiram da sua função de árbitros de um conflito com
características de “guerra civil”, preferindo ressuscitar as tensões da “guerra
fria” ao prometerem ajudar a Ucrânia enquanto fosse preciso. Agora estão
amuados com a iniciativa do Donald e sabem que a continuar com a sua teimosia
vão ter de gastar muito dinheiro.
Não sei se há
optimistas quanto ao que vai acontecer em Anchorage. Porém, desde já, há um
aspecto bem positivo no encontro porque, certamente, vai arrefecer a tensão
nuclear entre a Casa Branca e o Kremlin. Da mesma forma, o frente a frente
entre Trump e Putin, que parecem ser homens de negócios, também parece ser um
passo no bom sentido para o regresso da paz ao território ucraniano, como quase
todos desejam.
Volodymyr
Zelensky deveria estar nesse encontro, mas a sua presença talvez perturbasse em
vez de ajudar…