A obsessiva
política de Donald Trump de “fazer a América grande outra vez”, está a
perturbar o mundo e a gerar um clima de guerra comercial, com ameaças e muito
pânico nos mercados, nos agentes económicos e até nas populações americanas que
vão passar a pagar mais pelos produtos importados de que gostam. O fanfarrão Donald
ameaça tudo e todos com as famosas tarifas alfandegárias, misturando o comércio
com humilhações às soberanias nacionais, ou com represálias pelo reconhecimento da Palestina ou,
no caso do Brasil, com o pronunciamento judicial do ex-presidente Jair. Aparentemente,
o Donald atira em todas as direcções e, até agora, não há notícia de quem lhe
tenha feito frente, com excepção do Brasil e do Canadá e, por isso, as novas
tarifas anunciadas às exportações para os Estados Unidos, que vão dos 10% aos
50%, penalizam cerca de sete dezenas de países, embora os mais atingidos pareçam
ser o Brasil, o Canadá e a Suiça.
No caso do Brasil, o Donald quer ajudar o
seu amigo Jair Bolsonaro que, tal como ele no Capitólio, também parece que quis fazer um golpe de estado. Porém, o governo brasileiro não alinha com os diktats trumpistas, nem a justiça brasileira
aceita pressões internas e externas no “caso Bolsonaro”, o que tem dado origem
a uma crise diplomática, de que resulta a vingança do Donald que fixou a taxa
aduaneira de 50% para os produtos brasileiros que entrem nos Estados Unidos a
partir de 6 de Agosto, embora estejam anunciados 694 produtos que ficam de
fora.
Como já foi salientado por quem sabe, estas tarifas alfandegárias são “uma transferência unilateral de riqueza”,
ou mesmo uma extorsão que Donald Trump está a fazer. Porém, no seu editorial da
edição de ontem, o jornal O POVO que se publica na cidade de Fortaleza,
no estado do Ceará, diz que “é preciso calma e firmeza para avaliar o impacto
das medidas”. Terá que ser assim, até porque há quem pense que serão os próprios
consumidores americanos que se irão zangar com o Donald…
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