Foi no dia 6 de
agosto de 1945, exactamente há 80 anos, que um avião bombardeiro B-29
americano, comandado pelo tenente-coronel Paul Tibbets, lançou uma bomba
atómica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, de que resultou a morte imediata
de mais de 70.000 pessoas. Três dias depois, uma segunda bomba atómica foi
lançada sobre Nagasaki, estimando-se que tenham sido mortas mais 80.000
pessoas.
O avião de Paul
Tibbets foi baptizado como “Enola Gay” e ambos ficaram na História como os
responsáveis pelo primeiro ataque nuclear contra seres humanos a que a
Humanidade assistiu, embora o presidente Harry Truman tivesse dito à tripulação
do avião, após o seu regresso aos Estados Unidos: “não percam o sono por terem
cumprido esta missão; a decisão foi minha, vocês não podiam escolher”.
São muito poucos os
jornais que evocam esta triste efeméride nas suas edições de hoje e a excepção
é o diário francês L’Humanité, que dedica toda a sua primeira página ao “terror
nuclear”.
A partir de Hiroshima
e Nagasaki, a ameaça nuclear passou a perturbar as nossas vidas e a manter a
humanidade intranquila, pois haverá uma dezena de países que já dispõem da arma
nuclear. Cada um deles, sobretudo os Estados Unidos e a Rússia, parecem viver
num “equilíbrio de terror”, porque demasiadas vezes tratam das suas rivalidades
e das suas conflitualidades com o olho posto nos respectivos arsenais nucleares.
A cidade de Hiroshima
reergueu-se da catástrofe de 1945 e hoje recebe um número recorde de países nas cerimónias
evocativas do “dia em que a cidade desapareceu”, embora três potências nucleares
– China, Rússia e Paquistão – estejam ausentes.
Que o “espírito de Hiroshima”, que visa promover a paz
no mundo e a abolição das armas nucleares, seja reforçado para o bem da humanidade.
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