Nos últimos dias
vários países ocidentais parecem ter acordado de uma longa cumplicidade com o
regime extremista e genocida de Benjamin Netanyahu, cada vez mais um carrasco
do povo palestiniano, a coberto de querer acabar com o Hamas.
Depois de muitas
hesitações, a questão dos “dois estados” - um estado árabe e um estado judeu
independentes e cooperantes, ou da Palestina e de Israel - que nasceu há muitos
anos e foi adoptada pela ONU, voltou a estar em cima da mesa.
Durante a recente
Conferência Internacional da ONU sobre a questão palestiniana, o seu
secretário-geral António Guterres falou alto e bem, exigindo o fim da guerra e
da crueldade sobre Gaza, o fim das tentativas israelitas para destruir Gaza e
anexar a Cisjordânia, defendendo a unificação de Gaza e da Cisjordânia e o
reconhecimento dos estados de Israel e da Palestina. No mesmo sentido se
pronunciou, pela primeira vez e de forma clara, o governo português pela voz do
ministro Rangel, o que se vivamente se saúda.
Antes, a Islândia
e a Suécia tinham reconhecido o estado da Palestina, a que se juntaram em Maio
de 2024, a Espanha, a Irlanda, a Eslovénia e a Noruega. Agora, é a França e o
Reino Unido que anunciam poder vir a reconhecer a Palestina no próximo mês de Setembro
e até Portugal dá sinais de ter acordado.
A imprensa britânica
deu grande destaque às declarações de Keir Starmer, tal como a imprensa
francesa fizera das afirmações de Emmanuel Macron. Pelo contrário, a imprensa
portuguesa não deu qualquer destaque à declaração do Ministro dos Negócios
Estrangeiros, nem mostrou solidariedade para com António Guterres, nem apoio ao
povo palestiniano. A imprensa portuguesa anda preocupada com outras coisas,
não só os incêndios florestais o que é normal, mas sobretudo com os milhões que fazem do futebol um caso de
loucura e de subdesenvolvimento completo, à volta de Gyokeres, João Félix, Luis Suárez, Ivanovic ou
Bednarek - o chamado jornalismo da treta.
O mundo tardou a reconhecer o genocídio do povo palestiniano.
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