quarta-feira, 30 de julho de 2025

Uma nova esperança para a Palestina

Nos últimos dias vários países ocidentais parecem ter acordado de uma longa cumplicidade com o regime extremista e genocida de Benjamin Netanyahu, cada vez mais um carrasco do povo palestiniano, a coberto de querer acabar com o Hamas.
Depois de muitas hesitações, a questão dos “dois estados” - um estado árabe e um estado judeu independentes e cooperantes, ou da Palestina e de Israel - que nasceu há muitos anos e foi adoptada pela ONU, voltou a estar em cima da mesa.
Durante a recente Conferência Internacional da ONU sobre a questão palestiniana, o seu secretário-geral António Guterres falou alto e bem, exigindo o fim da guerra e da crueldade sobre Gaza, o fim das tentativas israelitas para destruir Gaza e anexar a Cisjordânia, defendendo a unificação de Gaza e da Cisjordânia e o reconhecimento dos estados de Israel e da Palestina. No mesmo sentido se pronunciou, pela primeira vez e de forma clara, o governo português pela voz do ministro Rangel, o que se vivamente se saúda.
Antes, a Islândia e a Suécia tinham reconhecido o estado da Palestina, a que se juntaram em Maio de 2024, a Espanha, a Irlanda, a Eslovénia e a Noruega. Agora, é a França e o Reino Unido que anunciam poder vir a reconhecer a Palestina no próximo mês de Setembro e até Portugal dá sinais de ter acordado.
A imprensa britânica deu grande destaque às declarações de Keir Starmer, tal como a imprensa francesa fizera das afirmações de Emmanuel Macron. Pelo contrário, a imprensa portuguesa não deu qualquer destaque à declaração do Ministro dos Negócios Estrangeiros, nem mostrou solidariedade para com António Guterres, nem apoio ao povo palestiniano. A imprensa portuguesa anda preocupada com outras coisas, não só os incêndios florestais o que é normal, mas sobretudo com os milhões que fazem do futebol um caso de loucura e de subdesenvolvimento completo, à volta de Gyokeres, João Félix, Luis Suárez, Ivanovic ou Bednarek - o chamado jornalismo da treta.

1 comentário:

  1. O mundo tardou a reconhecer o genocídio do povo palestiniano.

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