quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Todos à espera da cimeira de Anchorage

Faltam apenas dois dias para o encontro de Anchorage entre Donald Trump e Vladimir Putin e muito se tem especulado sobre essa reunião que, entre outros assuntos, vai procurar uma solução para o problema da Ucrânia, onde tem morrido muita gente. Seria muito bom que houvesse “fumo branco” e que o povo e as cidades ucranianas voltassem a viver em paz.
Muito se tem especulado, sobretudo através dos incontáveis comentadores que tomaram conta das televisões portuguesas, sobre o que pode acontecer nesse encontro, se Zelensky estará ou não presente no Alasca, se haverá ou não um cessar-fogo, se haverá cedências das partes e que tipo de cedências. Há demasiada especulação daqueles que precisam de alimentar espaços noticiosos e audiências, esquecendo-se que a diplomacia está a trabalhar e que a sua principal regra de conduta é a discrição.
A capa do jornal New York Post diz quase tudo. Os europeus estarão fora a reunião de Anchorage e a sua voz vale cada vez menos, porque tem dirigentes medíocres que, desde 2014, se demitiram da sua função de árbitros de um conflito com características de “guerra civil”, preferindo ressuscitar as tensões da “guerra fria” ao prometerem ajudar a Ucrânia enquanto fosse preciso. Agora estão amuados com a iniciativa do Donald e sabem que a continuar com a sua teimosia vão ter de gastar muito dinheiro.
Não sei se há optimistas quanto ao que vai acontecer em Anchorage. Porém, desde já, há um aspecto bem positivo no encontro porque, certamente, vai arrefecer a tensão nuclear entre a Casa Branca e o Kremlin. Da mesma forma, o frente a frente entre Trump e Putin, que parecem ser homens de negócios, também parece ser um passo no bom sentido para o regresso da paz ao território ucraniano, como quase todos desejam.
Volodymyr Zelensky deveria estar nesse encontro, mas a sua presença talvez perturbasse em vez de ajudar…

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