A guerra da
Ucrânia já dura há muito tempo e parece evidente que os defensores da paz têm
perdido no confronto com os apoiantes da guerra, embora a distorção noticiosa,
a manipulação informativa e a intensa propaganda não permitam saber exactamente
o que se passa, nem o que querem as partes em confronto.
Donald Trump sempre
afirmou que acabaria com a guerra em 24 horas e parece que tentou a paz com o
seu amigo Putin, mas desde que arranjou um secretário-geral da NATO sem
dignidade e sem vergonha, viu que tinha uma janela de oportunidade para fazer
negócio e vender a produção do seu aparelho industrial. Esse cretino que é Mark
Rutte passou a ser o interlocutor privilegiado do Donald e senta-se
presidencialmente na Casa Branca ao seu lado, como mostra a edição de hoje do Financial
Times. Nenhum outro jornal de referência mostra a fotografia deste
encontro, o que também demonstra que se trata de uma operação do mundo dos
negócios, isto é, os americanos fornecem o material e os europeus pagam tudo,
como foi desejo expresso da parceria entre Donald Trump e o seu lacaio Mark
Rutte. O negócio à frente da diplomacia e da política, tal como Trump sempre
aspirou.
Porém, o Donald
dá as armas que os europeus vão pagar, mas também deu 50 dias ao seu sócio, ou
simplesmente amigo Putin, para parar a guerra e aceitar a paz.
Humildemente não
sei o que vai acontecer, mas esta entrada já indisfarçada da NATO no conflito
sob o comando de Rutte e a teimosia russa de Putin em garantir a posse dos
territórios ocupados não casam nada bem, como também não é de esperar que a
Rússia aceite este tipo de ultimatos trumpianos.
Entretanto, deve
haver muitos líderes europeus que não se reveem neste comportamento
bajulatório, indecente e indigno de Mark Rutte e não estejam para o aturar, nem
para apoiar o envolvimento directo da NATO na Ucrânia.