O presidente
Donald Trump tem-se multiplicado em atitudes violadoras das normas de convívio
internacional, por vezes com grosseria e sempre com arrogância, parecendo
desafiar as soberanias de alguns países. Ameaçou o Canadá e a Dinamarca, deu
luz verde a Netanyahu para destruir Gaza e criar uma Riviera de Médio Oriente,
atacou o Irão sem ter quaisquer provas de que este país tinha ou preparava
bombas nucleares e está agora a desafiar o Brasil ao impor taxas aduaneiras de
50% aos produtos brasileiros.
Esta medida surgiu
como reacção punitiva aos países que integram o bloco das economias emergentes,
designados como BRICS – dez estados-membros e dez parceiros-candidatos – entre
os quais a China, a Índia, a Rússia e o Brasil, que representam 46% da
população mundial e que realizaram recentemente a sua cimeira no Rio de
Janeiro.
Donald Trump não
gostou que os BRICS condenassem o ataque ao Irão e pedissem que Israel
abandonasse Gaza, mas também veio declarar que era “terrível” a forma como está
a ser tratado o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é acusado pela Justiça
brasileira por tentativa de golpe de estado, acusando o Brasil de estar a fazer
“caça às bruxas”.
Naturalmente, o
presidente Lula da Silva devolveu a carta de protesto que recebera do Donald e,
num comunicado oficial publicado no jornal O Estado de S. Paulo,
afirmou que “a defesa da democracia no Brasil compete aos brasileiros”, “que
ninguém está acima da lei” e que “somos um país soberano e não aceitamos a
interferência ou tutela de quem quer que seja”.
Que pena não
haver dirigentes na Europa com a firmeza de Lula da Silva.
Inserindo na Constituição as leis do futebol não seria possível contratar o Lula da Silva por umas épocas?
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