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Não há provas
inequívocas sobre quem foram os primeiros europeus que chegaram à Austrália,
isto é, se foram os portugueses como defende o investigador australiano Kenneth
Gordon McIntyre no seu livro “A descoberta secreta da Austrália”, ou se foram
os holandeses que em 1606 deram áquelas terras o nome de Nova Holanda. O facto
é que os ingleses se estabeleceram na parte oriental da ilha e aí criaram uma
colónia penal em 1778, que deu origem à cidade de Sydney. Ao longo do século
XIX estabeleceram-se outras colónias no território australiano governadas
autonomamente, até que em 1901 as seis colónias existentes formaram uma
federação, adoptaram o sistema político democrático e assumiram-se como um
reino da Commonwealth, com capital em Camberra. Hoje a Austrália é formada por
seis estados e dois territórios e as suas principais cidades são Sydney,
Melbourne, Brisbane, Perth, Adelaide e Darwin. O processo histórico transformou
a Austrália numa sociedade multicultural e a ligação tutelar e afectiva à Coroa
britânica faz cada vez menos sentido, tal como o facto do chefe do Estado
australiano ser a Rainha de Inglaterra. Por isso, de vez em quando a opinião
pública australiana é confrontada com este paradoxo e, inclusive, os australianos
já decidiram num referendo realizado em 1999, não adoptarem de imediato o
regime republicano. Agora foram os governadores de cinco estados e dos dois
territórios australianos que assinaram uma declaração conjunta para expressar a
sua vontade no sentido do país adoptar o regime republicano e o chefe do Estado
ser um cidadão australiano, como destacou em Sydney o The Daily Telegraph. Porém, tal como aconteceu de outras vezes em que o
tema foi discutido, todos parecem concordar que a mudança de regime só deverá
feita depois da morte de Isabel II, que é muito popular na Austrália. Depois, provavelmente,
teremos os Estados Unidos da Austrália com a Nova Gales do Sul, o Queensland, a
Austrália do Sul, entre outros estados.
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