Hoje, a edição do
jornal Público apresenta com grande destaque na sua primeira página a
notícia de um leilão realizado em Nova Iorque pela leiloeira Christie’s, no
qual um quadro de Picasso foi vendido por 159,3 milhões de euros. Com este dinheiro compravam-se dois Airbus A320! Nunca uma
pintura valera tanto num leilão e, por isso, este valor record justifica a
afirmação de que a arte é eterna porque, de facto, o seu valor ultrapassa todas
as conjunturas de crise.
Houve cinco
interessados que “lutaram” pelo telefone durante 11 minutos pela posse de Les Femmes d’Alger (version O), uma obra
de 1955 com 1,14x1,46 metros, que representa um harém e, como acontece sempre
nestes leilões, o vencedor ficou-se pelo anonimato. No mesmo leilão foi vendida
por 112 milhões de euros L’homme au doigt
de Alberto Giacometti, que se tornou na mais valiosa escultura alguma vez
leiloada e a terceira obra de arte mais cara de sempre no mercado leiloeiro.
Nesse ranking, a Christie’s bateu o seu
próprio record, atingido em Novembro de 2013 quando vendeu o tríptico Três Estudos de Lucien Freud de Francis
Bacon por 126 milhões de euros. Na quarta posição desse ranking está a quarta versão de O
Grito de Edvard Munch, vendido em 2012 pela Sotheby’s por 89 milhões de
euros e, depois, o Nu au plateau de
sculteur de Picasso, vendido em Maio de 2010 por 81,3 milhões de euros.
Porém, o que aqui
se destaca não é só o estado do mercado mundial da arte, mas o facto de um
jornal português não alinhar no sensacionalismo, nem no jornalismo de frete ou no jornalismo de aldeia de muitos dos nossos periódicos de informação
geral, optando por um jornalismo de inegável interesse informativo e cultural.
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