Muitos jornais
internacionais destacam hoje como principal notícia a visita que Nancy Pelosi,
a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos e terceira figura
na hierarquia política americana, iniciou ontem a Taiwan, a ilha do mar da
China a que os portugueses chamaram ilha Formosa.
Quando em 1949 os
comunistas de Mao Tse-Tung triunfaram na guerra civil chinesa, o antigo governo
chinês e o seu presidente general Chiang Kai-shek refugiaram-se na ilha, não
aceitando a derrota militar. Porém, a nova República Popular da China também nunca
aceitou a situação e sempre perseguiu o objectivo de fazer regressar a ilha
rebelde à mãe-pátria. Depois de Hong Kong em 1997 e de Macau em 1999, as
autoridades de Pequim têm reivindicado que Taiwan deve regressar à China, pela
força se necessário, considerando-a uma província separatista. Todo o mundo
sabe desse desígnio de Pequim, daí resultando uma tensão continuada entre os
Estados Unidos e a China.
Acontece que no
tempo de incerteza em que vivemos já há demasiados conflitos e tensões por todo
o planeta, pelo que deverá ser evitado tudo o que possa aumentar a tensão.
Apesar deste quadro, Nancy Pelosi decidiu visitar Taiwan e outros países
asiáticos para reafirmar o compromisso dos Estados Unidos com os seus amigos e
aliados na Ásia Oriental. A China
considerou esta visita uma provocação e, numa recente conversa telefónica entre
Xi Jinping e Joe Biden, o chinês avisou o americano para não brincar com o
fogo.
O jornal USA
Today utilizou essa frase para anunciar, ou criticar, essa visita de
Pelosi a Taiwan, mas há um ditado português que também ilustra essa visita:
quem semeia ventos, colhe tempestades. Será que, com a sua visita, Pelosi foi
semear ventos?
A China tinha
afirmado que a visita de Pelosi era uma grande provocação e ameaçou os Estados
Unidos de retaliação. Os Estados Unidos já disseram estar preparados para uma
resposta chinesa. Assim vai o mundo.
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