Joaquim Chissano,
o antigo presidente da República Popular de Moçambique completou 80 anos de
idade e foi homenageado na capital moçambicana, tendo o jornal O
País dedicado uma alargada e elogiosa reportagem a esse feliz acontecimento.
Dizem as crónicas
que em 1951 Joaquim Chissano foi o primeiro negro a matricular-se no antigo
Liceu Salazar, na antiga cidade de Lourenço Marques, onde completou os seus
estudos secundários. Em 1960 partiu para Portugal para frequentar a Faculdade
de Medicina de Lisboa mas, devido à perseguição que lhe era feita pela polícia
política (PIDE), abandonou o país em 1961. Em 1963, ainda antes do início da
luta armada em Moçambique, juntou-se à Frelimo então liderada por Eduardo
Mondlane.
Após o fim da
guerra de libertação nacional firmada nos acordos de Lusaka de 7 de Setembro de
1974, tendo apenas 35 anos de idade, foi escolhido para chefiar o governo de
transição que preparou a transferência de poderes de Portugal para a Frelimo. A
independência da nova República Popular de Moçambique foi proclamada no dia 25
de Junho de 1975 e Joaquim Chissano foi o primeiro ministro dos Negócios
Estrangeiros moçambicano. Em 1986, com a
morte de Samora Machel foi escolhido para o substituir na presidência da República
e, em 1994 e 1999, venceu as eleições presidenciais moçambicanas, tendo exercido a
presidência até 2005, isto é, durante 19 anos.
Joaquim Chissano foi um notável dirigente político, um símbolo da luta do povo moçambicano pela independência nacional e um reconhecido amigo de Portugal, tendo sido condecorado pelos presidentes Ramalho
Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio e Marcelo Rebelo de Sousa, isto é, apenas essa figura menor que é Aníbal
Cavaco Silva não o distinguiu.
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