O Parlamento
Europeu aprovou ontem em Estrasburgo por 461 votos a favor, 157 contra e 89
abstenções, num total de 707 votos expressos, o colégio da nova Comissão
Europeia liderado por Ursula von der Leyen. Neste executivo comunitário que vai
iniciar funções no próximo dia 1 de Dezembro, Portugal está representado por
Elisa Ferreira, ex-ministra e ex-deputada europeia, que será responsável pela pasta
da Coesão e Reformas.
Para além da nova
Comissão Europeia, no mesmo dia também iniciarão funções o novo presidente do
Conselho Europeu, o belga Charles Michel, e o novo Alto Representante da União
Europeia para a Política Externa, o espanhol Josep Borrell, que sucedem
respetivamente ao polaco Donald Tusk e à italiana Federica Mogherini.
A União Europeia
de Jacques Delors, Helmut Kohl e François Metterand parece que se esgotou, pois
está a passar por uma fase muito difícil, sem uma liderança reconhecida e com problemas
que ameaçam a sua coesão, como o Brexit e a hostilidade de Trump, o radicalismo
de Nigel Farage e de Boris Johnson ou os discursos populistas de Matteo Salvini
e de Viktor Orbán.
É um momento em
que temos que depositar esperanças para a contrução de uma Europa mais unida e
mais solidária, até porque pela primeira vez na sua história de mais de
sessenta anos, a Comissão Europeia vai ser presidida por uma mulher. Ursula von
der Leyen é alemã e vai substituir Jean-Claude Juncker, que substituira o oportunista
e irrelevante cherne lusitano, que dá pelo nome de Durão Barroso.
Hoje, muito
poucos jornais europeus destacaram a notícia da aprovação da nova Comissão
Europeia nas suas primeiras páginas, a mostrar que a problemática europeia não
lhes interessa. Em Portugal, nem um só jornal trouxe em primeira página a notícia
da aprovação da Comissão von der Leyen, mas eu penso que, tal como o jornal
económico francês Les Echos, a nova Comissão traz uma nova ambição para a Europa.
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