quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Boris Johnson é um grande mentiroso

O Supremo Tribunal britânico decidiu por unanimidade dos seus 11 juízes que o conselho dado por Boris Johnson à Rainha Isabel II para suspender os trabalhos do Parlamento por cinco semanas foi “ilegal, vazio e sem efeito”, pelo que o Parlamento vai abrir hoje as suas portas.
Foi uma pesada derrota para o primeiro-ministro que foi acusado de “frustar e impedir” que os deputados cumprissem os seus deveres constitucionais, isto é, quase foi acusado de ter tentado fazer um golpe de estado. Hoje todos os jornais britânicos destacam esta notícia e desancam no tresloucado primeiro-ministro, dizendo que Boris Johnson é um mentiroso e deve pagar por isso. “Ele enganou a Rainha, o povo e o Parlamento”, é o título do The Guardian. Um outro jornal destaca que Boris “voa para o caos” e que, apesar de humilhado, recusa a demissão, embora outro jornal já antecipe a sua saída e escreva “Bye, bye Boris”.
Temos, assim, que o processo do Brexit continua a produzir sucessivos acontecimentos sensacionalistas, que se assemelham a uma palhaçada própria de uma república das bananas e que ninguém imaginaria poderem acontecer na ilha onde reinou a Rainha Victoria e governou Winston Churchill. Naturalmente, a imprensa alimenta-se destas situações e, aparentemente, não tem procurado qualquer via de sensatez e de equilíbrio que ajudasse a resolver a situação. Apesar da aproximação da data de saída da União Europeia que está prevista para o dia 31 de Outubro, mantém-se o mesmo grau de incerteza e de confusão quanto ao futuro, que havia há um mês, ou há cinco meses, ou há um ano. Em boa verdade, parece que no Reino Unido ninguém sabe como sair deste imbróglio.

Sem comentários:

Enviar um comentário