Nancy Pelosi, a líder democrata
da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, anunciou ontem a abertura de
um processo formal de impeachment
contra o Presidente Donald Trump, por suspeitas de ter feito depender o
desbloqueio da ajuda americana à Ucrânia da abertura de uma investigação ao
filho de Joe Biden, um dos seus possíveis adversários democratas nas eleições
de 2020.
Segundo foi declarado por Nancy Pelosi,
o Presidente Donald Trump telefonou a Volodimir Zelenskii, o Presidente da
Ucrânia, pressionando-o para prejudicar Joe Biden e esta pressão sobre um líder
estrangeiro para obter benefícios políticos pessoais viola gravemente a
Constituição dos Estados Unidos. Assim e porque ninguém está acima da lei, os
Democratas decidiram avançar para o impeachment,
o que hoje é destacado pelo USA
Today.
Depois de várias ameaças,
sobretudo depois das investigações sobre a interferência russa nas eleições
americanas a favor de Trump, é a primeira vez que os Democratas avançam com um
processo contra ele. Porém, o processo é complexo, demorado e não tem garantias
de sucesso, mas a pouco mais de um ano das eleições presidenciais, esta
iniciativa faz parte do jogo político. Na Câmara dos Representantes a maioria
simples parece estar assegurada (235 em 435 lugares), pelo que o processo pode
passar ao Senado onde precisa de dois terços para ser aprovado, mas os
Democratas apenas têm 47 dos 100 lugares, pelo que é improvável que a
iniciativa tenha sucesso.
De resto, seria a primeira vez
que um processo de impeachment teria como
efeito o afastamento coercivo do Presidente. Parece, portanto, que esta
iniciativa democrata apenas pretende desgastar politicamente o Donald e não visa
o seu mais que improvável afastamento.
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