A capa do Oriental Morning Post (东方早报) |
Ontem, na sua
fase de Lua Cheia, o nosso satélite esteve mais próximo da Terra e pareceu
maior do que o costume. No seu movimento elíptico de translação em volta da
Terra, a Lua atingiu ontem o perigeu ou ponto mais próximo da Terra, tendo estado a
cerca de 356 mil quilómetros do nosso planeta. Segundo os astrónomos, a Lua pareceu 14%
mais larga e 30% mais brilhante do que o habitual, embora esse facto também fosse devido a uma ilusão óptica. Foi chamada, por isso, uma super-Lua e essa circunstância
já não acontecia há 68 anos. Em Portugal o céu
esteve limpo e o fenómeno pode ser devidamente apreciado a partir das 17 horas
e 50 minutos quando a Lua nasceu, mas também durante toda a noite. Para quem
apreciou, foi uma noite de luar diferente, com o luminoso astro bem mais próximo de
nós do que é habitual.
Hoje, a
generalidade da imprensa internacional destaca nas suas primeiras páginas a
fotografia da super-Lua, quase sempre captada junto de um qualquer ex-libris nacional, isto é, os
americanos fotografaram a Lua junto da Estátua da Liberdade, os gregos junto da
Acrópole e os galegos junto da Torre de Hércules.
O diário Oriental Morning Post (东方早报) que se publica em Shanghai, foi um dos muitos
jornais que fotografaram a super-Lua, mas fizeram-no sobre as torres de grande
modernidade arquitectónica da cidade de Shanghai, que é a maior cidade e o
maior centro comercial e financeiro da China, mas também um símbolo da pujança
económica chinesa.
Para quem esteve distraido e ontem não apreciou a super-Lua,
poderá fazê-lo hoje em Portugal a partir das 18 horas e 40 minutos, porque o
fenómeno só voltará a acontecer em Novembro de 2034.
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