terça-feira, 3 de abril de 2012

Malvinas/Falklands

Há trinta anos, entre os dias 2 de Abril e 14 de Junho de 1982, a Argentina e o Reino Unido envolveram-se numa imprevista, improvável e dura guerra de 74 dias pela disputa da soberania de umas ilhas do Atlântico Sul, respectivamente as Malvinas (a que os ingleses chamam Falklands), a Geórgia do Sul e a Sandwich do Sul.
Estas ilhas foram ocupadas militarmente pelo Reino Unido em 1833, poucos anos depois da independência argentina, mas sempre foram reclamadas pela Argentina como parte integrante do seu território e consideradas ilegalmente ocupadas por uma potência invasora. Assim aconteceu durante muitos anos.
Há trinta anos atrás, numa precipitada atitude nacionalista, a Junta Militar que governava a Argentina decidiu invadir as Malvinas, mas o governo de Margaret Thatcher reagiu e promoveu uma operação militar que derrotou as tropas argentinas e recuperou as ilhas. Ontem, essa guerra foi evocada nos dois países que homenagearam os seus mortos – 655 argentinos, 255 ingleses e 3 habitantes locais. Porém, essa evocação serviu também para ressuscitar as reivindicações e estimular o orgulho nacional dos argentinos que há trinta anos foram humilhados pelos britânicos.
Todos os jornais argentinos destacam o assunto e a presidente Cristina Kirchner assumiu pela primeira vez a reivindicação argentina e a defesa de soluções pacíficas para o conflito, solicitando a abertura de negociações sobre a soberania das Ilhas Malvinas sob a égide das Nações Unidas.
Embora o actual governo britânico afirme que não há nada para se discutir, se não houver o prévio consentimento dos três mil kelpers ou moradores das ilhas, o facto é que o problema das Malvinas está de novo na agenda internacional.

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