No passado dia 6 de Agosto, às 05 horas e 31 minutos TMG, o robot Curiosity aterrou na superfície de Marte, num local situado apenas a 2,4 quilómetros do local previamente estudado, depois de uma viagem de mais de 560 milhões de quilómetros, tendo começado imediatamente a enviar imagens para a Terra. A revista TIME seleccionou o tema e informa-nos sobre “o que podemos aprender com um robot a 154 milhões de milhas de distância”.
O Curiosity é uma sonda-laboratório concebida pela NASA que foi transportada na sonda espacial Mars Science Laboratory (MSL), tendo sido lançada de Cabo Canaveral no dia 26 de Novembro de 2011, por meio de um foguetão espacial Atlas V. Transporta instrumentos científicos especialmente concebidos para esta missão que nunca antes tinham sido utilizados nas anteriores missões a Marte e que, em certa medida, resultam da cooperação científica internacional. A sua principal missão é a investigação sobre a possibilidade da existência passada ou actual de vida microbiana em Marte, o estudo do clima e da geologia do “planeta vermelho” e a recolha de dados para servirem de base a uma futura missão tripulada, o que se espera possa acontecer dentro de dez anos, se houver dinheiro para isso.
A especulação jornalística e a curiosidade científica misturam-se e sugerem que estamos no campo da ficção científica, mas para muita gente a missão do Curiosity pode representar o início da colonização de Marte. Existe a ideia de “terraformar” o planeta Marte, isto é, transformá-lo numa segunda Terra, através da “criação” de uma atmosfera respirável, com rios, mares e florestas e, dessa forma, duplicar a superfície de que a humanidade poderá dispor no sistema solar. Dizem que tal operação é o mais audacioso projeto de “engenharia civil” jamais concebido pela mente humana, mas para a nossa geração tudo isso não passa de ficção científica. Nem Júlio Verne foi tão longe.
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