A Igreja de Santa Maria Madalena, em Olivença, foi eleita "O Melhor Recanto de Espanha 2012", num passatempo promovido na Internet pela petrolífera Repsol. Num país cujo património edificado é impressionante e que faz de cada povoação um verdadeiro “museu ao ar livre”, a escolha dos internautas não tem qualquer significado especial, apesar de, segundo informação divulgada pelo Turismo de Olivença, a igreja datar da primeira metade do século XVI e ser considerada uma jóia oliventina e do património manuelino português, pela sua riqueza em azulejos, talha dourada e motivos decorativos marítimos, que nos remetem para a época dos Descobrimentos portugueses. Foi mandada construir para servir como templo do local de residência dos bispos de Ceuta, tendo sido estreada por Frei Henrique de Coimbra, que foi confessor do rei D. Manuel e o primeiro padre que celebrou uma missa no Brasil.
Influenciado pela eleição da igreja da Madalena, o Jornal i anuncia em primeira página que em Olivença “as marcas de Portugal resistem ainda e sempre à ocupação” e insere um interessante artigo sobre Olivença/Olivenza, realçando as marcas portuguesas no património, na toponímia, na música e nas danças, na gastronomia e na cultura popular. Os oliventinos são o produto de uma mistura de duas culturas e, em maior ou menor grau, todos os oliventinos têm ascendência portuguesa - “um oliventino não é português nem espanhol, é oliventino”. O alcaide da cidade de 12 mil habitantes defende que “se um dia Portugal e Espanha se unirem, a capital será Olivença”. Com estas referências, certamente que muitos portugueses procurarão conhecer a cidade que foi anexada em 1801 e que Portugal não reconhece como espanhola.
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