Foi há 200 anos
que nos campos de Waterloo se desenrolou uma das mais famosas batalhas da
história mundial, de que resultou a derrota do imperador Napoleão Bonaparte.
O imperador dos
franceses tinha sido derrotado em 1814 por uma coligação europeia e tinha sido
mandado para o exílio na ilha de Elba, enquanto o rei Luís XVIII foi colocado
no trono da França e os aliados se reuniram em Viena para redesenhar o mapa da
Europa depois do abalo provocado pela aventura napoleónica que, entre outras
coisas, até provocara a retirada da Família Real portuguesa para o Brasil em
1807. Porém, Napoleão evadiu-se da ilha de Elba, regressou a França e, no dia
20 de Março de 1815, entrou em Paris onde foi recebido em apoteose e onde recuperou
o poder.
No dia 15 de
Junho, à frente de um exército de 73 mil homens, decidiu invadir os campos da
actual Bélgica, então pertencentes ao Reino Unido dos Países Baixos, com o
objectivo de bater o exército chefiado pelo Duque de Wellington, constituído
por 93 mil ingleses e o exército prussiano do general Blücher, com 117 mil
homens. Prevendo a chegada próxima de reforços austríacos e russos e, apesar da
desvantagem numérica, Napoleão atacou os exércitos de
Wellington e de Blücher nos campos de Waterloo . O confronto iniciou-se no dia 16 de Junho e teve o seu
dia decisivo no dia 18 de Junho de 1815, quando Napoleão foi derrotado e
retirou do campo de batalha. Depois, abdicou, rendeu-se aos ingleses e foi
exilado para a ilha de Santa Helena, onde morreu em 1821.
O campo militar
de Waterloo, que fica a cerca de 12 quilómetros de Bruxelas, foi preservado museologicamente
e é exactamente nesse local que, hoje e nos próximos dias, se realizam
reconstituições da famosa batalha. Muitos jornais belgas, franceses e ingleses evocam
hoje nas suas edições a histórica batalha que ditou o fim da era napoleónica.
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