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A brutal guerra
que tem destruido a Síria e o Iraque, que se anuncia poder ter amanhã um
cessar-fogo, passa pelas grandes capitais mundiais mas, também, em menor
escala, por outras cidades da região. Uma dessas cidades é Beirute, a capital
do Líbano. Beirute fica
apenas a 85
quilómetros de Damasco, a capital da Síria, enquanto a
destruida cidade de Homs, que foi a terceira maior cidade síria e “berço” da rebelião
que conduziu à guerra, está apenas a 40 quilómetros da
fronteira libanesa.
O Líbano é um país
com uma economia e uma cultura muito abertas, que depende em larga escala do
comércio com os seus vizinhos e das remessas dos seus emigrantes no Golfo e em Israel. Assim , o
Líbano sofre muito com a guerra ali ao lado, para além de ter os seus próprios
problemas, desde as sequelas das guerras civis de 1982 e 2006, até à existência
no seu território do partido Hezbollah, classificado como terrorista, que está
envolvido na guerra da Síria.
Provavelmente, a
melhor informação sobre o que se passa na região é de origem libanesa, pois
estará muito menos condicionada do que a informação produzida e veiculada pela
generalidade dos intervenientes na guerra. O jornal diário الأخبار ou al-akhbar, tem uma edição online
em inglês, que informa sobre as vissicitudes da guerra, os refugiados que estão
por todo o território libanês, as ameaças sauditas contra os seus emigrantes,
as atrocidades da Frente Al-Nusra, a filial síria da Al-Qaeda, entre outras
informações. Porém, na edição de hoje o jornal não destaca as desgraças da
guerra, mas tão só o risco dos cafés, das esplanadas e dos restaurantes que
podem ser perigosos para a saúde, pois lançam açucar no sangue, isto é, “vendem
diabetes”. Curiosamente, trata-se da notícia de primeira página do al-akhbar
e é ilustrada com uma imagem do café COSTA, um dos mais famosos franchising de café do mundo. Grande trademark!
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