As
eleições para escolher os 57 deputados que vão integrar a Assembleia Regional
dos Açores realizaram no domingo e tudo decorreu com total normalidade
democrática, embora tivesse havido uma abstenção de quase 60%, isto é, houve
134.971 eleitores inscritos que se abstiveram.
Embora a abstenção açoriana seja
habitualmente superior a 50%, nestas eleições subiu consideravelmente. Há
muitas explicações para esta abstenção: cadernos eleitorais desactualizados,
falta de incentivo depois de quatro vitórias consecutivas do Partido Socialista
e da sua boa governação e o elevado número de eleitores inscritos que não são
residentes na região e que não se deslocaram dos Estados Unidos, do Canadá ou
do Continente para votar. O facto é que numa região de grande estabilidade e
maturidade políticas, o nível de participação se situa muito aquém do
desejável.
O Partido
Socialista renovou a sua maioria absoluta como destacou o Açoriano Oriental, o
jornal que se publica em Ponta Delgada e que é mais antigo jornal português, ao
conseguiu eleger 30 deputados, enquanto o PSD se ficou pelos 19, seguindo-se o
CDS-PP com quatro, o BE com dois, o PCP com um deputado e o PPM também com um
deputado. Em relação às anteriores eleições de 2012, o PS e o PSD perderam um
deputado cada um, enquanto o CDS-PP e o BE ganharam um deputado cada. O PCP e o
PPM mantêm um deputado cada.
Como
sempre acontece, nenhum partido se declarou derrotado e cada qual veio
afirmar-se mais fortalecido com os resultados alcançados e mais confiante no
futuro. Neste tipo de eleições há sempre quem queira extrapolar os resultados
para o plano nacional, mas isso não tem qualquer sentido, pois os resultados
estão mais associados à notoriedade local dos candidatos do que aos programas partidários.
Foi exactamente por isso que na ilha do Corvo, a mais
pequena da região, foi reeleito um deputado do “inexistente” PPM com 82 dos 248
votos expressos, isto é, com 32,03% dos vot os.
Sem comentários:
Enviar um comentário