A 41ª reunião do
World Heritage Committee da UNESCO, realizada na cidade polaca de Cracóvia,
decidiu no passado dia 9 de Julho inscrever o centro histórico de Mbanza Kongo,
no norte de Angola, na sua Lista do Património Mundial. Foi a primeira vez que
um sítio angolano foi classificado pela UNESCO e o jornal Cultura – Jornal Angolano de
Artes e Letras deu o devido destaque a este acontecimento de grande
importância cultural para a preservação do património angolano.
Mbanza Kongo foi
a capital do antigo reino do Congo, tendo sido fundada antes da chegada dos
portugueses àquela região que aconteceu em finais do século XV e que a
baptizaram como São Salvador do Congo. Pouco tempo depois, no ano de 1549, por
influência dos missionários católicos portugueses, foi construída uma igreja que
em 1596 foi elevada ao estatuto de catedral e que é considerada a mais antiga
da África Sub-Saariana. O historial da cidade refere a realização de conversões
em massa naquela região, mas algumas guerras civis ocorridas no século XVII
levaram ao seu abandono, até que no início do século XVIII a cidade foi
definitivamente reocupada.
Depois da
independência de Angola a cidade voltou a chamar-se Mbanza Kongo e hoje é sede
de um município da província do Zaire.
Segundo informa a
UNESCO, a área agora classificada mostra, como em nenhum outro local sub-saariano,
a influência causada pela chegada dos portugueses e a introdução do
Cristianismo e situa-se junto da residência do rei do Congo, da árvore
sagrada, dos lugares funerários e dos vestígios das casas de pedra construídas
pelos portugueses segundo as técnicas europeias.
Sem comentários:
Enviar um comentário