A edição anual da
revista BioScience que ontem foi
publicada pelo American Institute of Biological Sciences, inclui um texto
intitulado World Scientists’ Warning to
Humanity: A Second Notice, que é subscrito por 15.364 cientistas de 184
países e que é um alerta quanto às alterações climáticas que ameaçam o futuro
da Humanidade.
O texto surge
em linha com um outro texto intitulado World
Scientists’ Warning to Humanity, publicado em 1992 e que então foi subscrito por
cerca de 1700 cientistas, no qual era afirmado que os seres humanos e o mundo
actual estavam em colisão e que as actividades humanas causavam danos severos
e, por vezes, irreversíveis no ambiente e nos recursos. É, por
isso, um segundo aviso e os cientistas de todo o mundo voltam a chamar a
atenção para a continuada destruição do nosso planeta com as emissões de
dióxido de carbono ou a desflorestação, a redução dos recursos hídricos, a deterioração
das zonas costeiras ou a extinção de algumas espécies. “A Humanidade não está a
fazer o que deve ser feito urgentemente para salvaguardar a biosfera ameaçada”,
diz o referido texto que se baseia num estudo internacional coordenado pela
Universidade do Oregon e inclui nove gráficos que mostram como evoluíram algumas
variáveis do ambiente nos últimos 25 anos.
Na sua edição de
hoje o jornal Público destaca este texto-aviso na sua primeira página e trata
de alguns aspectos críticos das alterações climáticas, desde o aquecimento
global à sustentabilidade dos rios e destacando, ainda, a falta de coesão
territorial associada à desertificação da paisagem e ao despovoamento do mundo rural.
Ao ler-se este
texto, facilmente se conclui que há muito para fazer no mundo e também em Portugal
para salvar o planeta, mas que a generalidade dos políticos portugueses ainda não
percebeu isso.
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