Ontem celebrou-se
o Boxing Day, o dia seguinte ao
Natal, não só no Reino Unido, mas também em vários outros países que por
diversos motivos históricos adoptaram essa celebração. Porém, o Boxing Day é uma tradição ou uma
instituição britânica peculiar e manifesta-se em muitas actividades.
A sua origem
parece situar-se na Idade Média quando, no dia seguinte aos festejos do Natal, os senhores feudais deixavam aos servos as
sobras dos seus manjares natalícios numa caixa (box). A tradição evoluiu e fez com que, para além da comida, as Christmas boxes também incluissem roupa
e brinquedos. Depois, foram as igrejas que passaram a colocar caixas para
recolher ofertas dos seus paroquianos, para serem distribuidas aos mais pobres.
O Boxing Day tornou-se uma festa
comunitária, sobretudo no campo e nas pequenas aldeias britânicas, embora
tivesse assumido um carácter diferente nas cidades onde se tornou o dia da
troca de presentes, que o comércio tem aproveitado nos últimos tempos para fazer
promoções e desfazer-se de stocks acumulados. No entanto, o Boxing Day é cada vez mais a festa do
futebol britânico e uma maratona desgastante com centenas de jogos disputados
debaixo de chuva ou de neve, mas a que não faltam muitos milhares de entusiasmados espectadores
nos estádios.
A caça é também
uma actividade característica do Boxing Day,
sobretudo a caça aos patos e aos faisões, mas a mais apreciada de todas é a tradicional
caça à raposa, que foi proibida em 2005, mas que hoje é lembrada na edição
londrina do The Times, porque continua a ser uma forte tradição, só que agora as
matilhas de cães seguem um rasto falso que é indicado pelo odor artificial das raposas.
A tradição do Boxing Day está, realmente, bem viva
para os britânicos.
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