A Austrália
celebra o seu Dia Nacional no dia 26 de Janeiro e, como de costume, esperam-se
grandes festejos por todo o país para evocar a chegada do comandante Arthur Phillip
a Botany Bay e Sydney Cove, na costa sueste australiana, no ano de 1788. Essa data
foi ontem analisada e comentada com grande destaque na primeira página do
jornal The Daily Telegraph, porque é muito polémica e muito
criticada pelos nativos australianos, pois há o entendimento que deveria ser alterada
e que o dia 26 de Janeiro deveria ser designado como o Dia do Genocídio ou o
Dia da Invasão, pois foi então que começou uma brutal perseguição aos aborígenes
que quase levou à sua extinção.
E o que nos diz a
História? Durante a sua primeira viagem pelos mares do sul em busca da Terra Australis Incognita de que os
europeus apenas tinham uma vaga informação por via portuguesa e holandesa, o
comandante James Cook e o seu HMS Endeavour
chegaram em 1770 à costa leste da Austrália, tendo baptizado essa região como a
Nova Gales do Sul e feito o reconhecimento de uma baía que baptizaram como Botany
Bay.
Cerca de duas
dezenas de anos depois, uma expedição inglesa de 11 navios comandada por Arthur
Phillip, um oficial inglês que servira na Marinha Portuguesa, chegou a essa
mesma baía mas verificou que Sydney Cove, situada algumas milhas mais a norte, tinha melhores condições. Decidiu desembarcar e aí fundou o primeiro estabelecimento
europeu na Austrália – uma colónia penal com 568 homens e 191 mulheres
condenados, com 13 crianças, além de 206 marinheiros com 26 mulheres e 13
crianças e, ainda, 20 oficiais, totalizando 1037 pessoas.
Assim nasceu a Austrália
e assim começou a sua interessante história que não é nada exemplar no que respeita à forma como tratou e quase exterminou os aborígenes australianos.
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