A Transparência
Internacional acaba de publicar o seu Corruption
Perceptions Index 2017, mas a generalidade da imprensa internacional continua
sem valorizar este indicador. Este ano, porém, o jornal brasileiro O Liberal
que se publica em Belém, no Pará, chamou a atenção para o facto de o Brasil ter
caído 17 posições no ranking desse
indicador da corrupção, passando da sua “metade menos corrupta” para a sua
metade “mais corrupta”.
Embora esse
índice não possa ser tomado como um valor absoluto, ele permite saber que a
Nova Zelândia e a Dinamarca disputam o título de “mais honesto país do mundo”,
mas também permite que se façam algumas comparações e se analise a sua evolução.
Assim, tratamos de aqui fazer uma análise do que se passa, em termos relativos,
nos países onde se fala português.
Verificamos que
Portugal está na 29ª posição mundial
e que melhorou ligeiramente desde 2012 quando ocupava a 33ª posição. No ranking mundial aparecem depois Cabo
Verde na 48ª posição e S. Tomé e
Príncipe na 64ª posição, mas
enquanto Cabo Verde tem um retrocesso pois em 2012 ocupava a 39ª posição, já S.
Tomé e Príncipe melhorou nos últimos cinco anos, pois ocupava a 72ª posição.
Timor Leste tem um significativo progresso pois passou da 113ª posição em 2012
para a 91ª posição em 2017, isto é,
melhorou 22 posições!
Segue-se o Brasil
que desceu 17 posições num ano e que, desde 2012, desceu 27 lugares, ocupando
agora a 96ª posição. Finalmente, na
lista de 180 países, encontramos Moçambique (153º), Angola (167º) e
Guiné-Bissau (171º) que, nos últimos
cinco anos, têm descido no Índice da Percepção da Corrupção.
Note-se que cada país recebe uma
pontuação entre 0 (correspondente a alto grau de corrupção) e 100
(correspondente a baixo grau de corrupção) e que, em 2017, mais de dois terços dos 180 países avaliados tiveram
nota abaixo de 50.
Portanto, a corrupção e a sua percepção nos países lusófonos não são nada animadoras.
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