A ilha Maurícia, a ilha Rodrigues e outras ilhas
menores como Agalega, situam-se no oceano Índico a cerca de 2000 quilómetros da
costa de Moçambique e constituem um país insular com o nome de República das
Maurícias. A toponímia local revela a passagem dos portugueses por aquelas
ilhas, maas foram os holandeses, os franceses e os ingleses que as exploraram,
até que em 1968 alcançaram a independência.
Hoje a República
das Maurícias é um país próspero com cerca de 1,3 milhões de habitantes multiétnicos, com
influências culturais indianas, europeias e africanas, tendo o turismo como a
principal alavanca da sua economia.
No passado dia 25
de Julho o superpetroleiro japonês MV Wakashio
encalhou nos recifes que orlam a ilha Maurícia, num parque marinho protegido
que tem recifes de coral e espécies em vias de extinção, tendo esse facto sido
considerado uma catástrofe. As autoridades declararam o estado de emergência e
foi pedida ajuda internacional para atenuar as graves consequências para o país
e para o seu turismo. Depois de duas semanas de luta para evitar um desastre
ambiental em que participaram milhares de estudantes, activistas ambientais e
muita população, no passado sábado o navio partiu-se em duas partes e foram
libertadas toneladas de petróleo no oceano Índico. A bela ilha Maurícia corre
sérios riscos de perder o seu estatuto de paraíso natural e de destino
turístico de excelência.
O MV Wakashio
foi construído em 2007, desloca 203.000 toneladas, tem 300 metros de comprimento
e navegava da China para o Brasil, tendo encalhado a cerca de uma milha de
terra, quando se esperava que estivesse a uma distância entre 10 e 20 milhas de
terra. Nesta altura decorre uma investigação para perceber como foi possível,
num tempo de tantas tecnologias de apoio à segurança da navegação, que este
desastre tivesse acontecido. O jornal Finantial Times e outros publicaram
nas suas edições de hoje a fotografia do MV Wakashio
e do reef disaster.
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