Ontem, segundo o The
Daily Telegraph, foi um grande dia para a ciência e para a humanidade!
A parceria entre a farmacêutica americana Pfizer e a empresa alemã de
biotecnologia BioNTech anunciou, depois da realização de testes de ensaio em 43
mil pessoas, que a vacina que desenvolveram garantiu a protecção de 90% dos
voluntários que se submeteram aos testes sem gerar efeitos secundários severos e
que apenas 10% desses voluntários contraíram o vírus. Os testes e os ensaios clínicos desta vacina vão
continuar, mas uma onda de optimismo já percorreu o mundo, embora os especialistas
aconselhem um optimismo moderado e deixem no ar imensas interrogações quanto à
eficácia da nova vacina sobre os grupos de risco e sobre a duração da protecção
que garante. Porém, sendo certo que a notícia ontem divulgada possa parecer
prematura e visar efeitos publicitários por antecipação, também constituiu um forte
sinal de esperança que entusiasmou os mass
media de todo o mundo e provocou um significativo salto nas bolsas
mundiais.
A descoberta de
uma vacina contra o vírus covid-19 é um desafio à escala mundial e a parceria
Pfizer/BioNTech está em competição com outros laboratórios numa corrida em que
o sentido humanitário e o resultado científico se confundem com a oportunidade
do negócio, pois a aquisição de vacinas representa a arrecadação de muito
dinheiro. São muitas as candidaturas àquele bolo e, entre outras, são conhecidos os
esforços da Oxford/AstraZeneca (Reino Unido), Johnson & Johnson (EUA),
Moderna (Estados Unidos), Novavax (EUA), Sinovac (China), Sinopharm (China),
Gamaleya Research Institute (Rússia), Murdoch Children’s Research Institute
(Austrália), Bharat Biotech (Índia), além de muitos outros, havendo já muitos
milhões de vacinas encomendadas a alguns destes laboratórios.
Sim, foi um grande
dia para a ciência e para a humanidade. Agora vê-se melhor a luz ao fundo do túnel,
mas ainda haverá um caminho a percorrer durante alguns meses.
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