No ano de 1988 foi criado, no âmbito das
Nações Unidas, o Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas, mais conhecido pela sigla IPCC (Intergovernmental Panel
on Climate Change), cujo principal objectivo é o estudo e a divulgação dos
mais avançados conhecimentos científicos sobre as mudanças climáticas e, em
especial, sobre o aquecimento global.
O IPCC agrega milhares dos mais
qualificados especialistas mundiais e, desde a sua fundação, tem produzido
vários documentos importantes, o que levou o Comité Nobel a atribuir-lhe o
Prémio Nobel da Paz em 2014. Desses documentos destacam-se os cinco relatórios
de avaliação global já apresentados e, agora, a sua sexta avaliação ou sexto
relatório sobre as alterações climáticas, que veio confirmar a enorme influência
humana no aquecimento global e nos fenómenos a ele associados.
O nosso planeta
está a aquecer a um ritmo sem precedentes e é necessário travar a fundo as
emissões de gases com efeito de estufa, embora já não seja possível impedir
alguns fenómenos já em marcha durante décadas, como a fusão do gelo polar e a
subida do nível do mar, prevendo-se que até 2040 o planeta deve aquecer 1,5
graus e essa é a mais severa previsão feita até agora.
Com base neste
relatório, o secretário-geral das Nações Unidas foi claro e afirmou que este
relatório é “um alerta vermelho para a humanidade” e que é necessário ”o fim do
uso do carvão e dos combustíveis fósseis, antes que destruam o planeta”.
António Guterres apelou ainda para que se unam todas as forças para evitar a
catástrofe climática e pediu aos dirigentes mundiais, que em Novembro se vão
reunir na conferência do clima em Glasgow, para que tomem medidas no sentido da
efectiva redução das emissões de gases de efeito de estufa.
O jornal el
Periódico de Barcelona diz que é “o último aviso para salvar o
planeta”.
Os nossos netos, parece-me, irão ter uma vida complicada.
ResponderEliminarSe não forem já os filhos...
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