O jornal Tribuna
de Macau anunciou na sua última edição que o turismo macaense está de
rastos devido às restrições adoptadas devido à pandemia. Esta constatação
revelou-se durante a recente “semana dourada” de Outubro, que se iniciou no
primeiro dia do mês e que agrega sempre vários feriados, incluindo os que se
referem à implantação da República Popular da China.
Depois do Ano Novo Lunar,
que é a principal festa das famílias chinesas, a “semana dourada” é o período
de festividades que gera o maior movimento de massas na China. Por isso, o
número de pessoas que visitam Macau durante a “semana dourada” é um indicador
da vitalidade da indústria turística macaense, mas revela uma preocupante
paralisia que afecta todas as actividades e o emprego turístico. Em 2019, antes
da pandemia, um total de 985 mil pessoas visitaram Macau e, na “semana dourada”
de 2020, houve 156.300 pessoas que visitaram o território. Este ano, Macau
registou a entrada de apenas 8.159 visitantes. Os números falam por si.
A grande massa de
visitantes de Macau é oriunda da República Popular da China (60%) e do vizinho
território de Hong Kong (40%). Apesar da taxa de ocupação hoteleira ainda estar
elevada devido ao alojamento de residentes e de pessoas retidas devido à quarentena
imposta pelas autoridades dos territórios vizinhos, os representantes do sector
afirmam que “o sector do turismo continua numa situação de quase total
paralisação” e reclamam medidas que deverão ser coordenadas com as autoridades
de Hong Kong e da República Popular da China.
No entanto, o que
suscita a atenção da primeira página do jornal macaense não é tanto a notícia
do “turismo de rastos”, mas a fotografia das ruinas da igreja de S. Paulo, o
ex-libris de Macau, vazias e sem a habitual multidão de turistas.
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