Decorreu ontem no
porto de Cochim, no estado indiano de Kerala, a cerimónia de incorporação na
Marinha da India do novo porta-aviões INS Vikrant,
que foi presidida pelo primeiro-ministro Narendra Modi.
O INS Vikrant foi construído nos estaleiros da
Cochin Shipyard Limited, é o primeiro porta-aviões concebido e construído na Índia e, só
por isso, é um motivo de orgulho nacional e de confiança quanto às capacidades
industriais e tecnológicas do país, apesar da sua construção se ter arrastado
durante 13 anos e ter custado cerca de 2,5 mil milhões de dólares. O
primeiro-ministro Modi chamou-lhe uma “cidade flutuante” com 1700 tripulantes e
considerou-o um “símbolo do potencial nacional”, tendo proporcionado um momento
histórico para a Índia e para o seu chefe do governo, por ser um incentivo que
pode impulsionar a indústria indiana de defesa.
O navio mede 262
metros de comprimento e tem quase 60 metros de altura, podendo alojar 30 aviões
de combate e helicópteros. Com o INS Vikramaditya,
o outro porta-aviões indiano, a Índia torna-se cada vez mais um importante e ambicioso actor no cenário geopolítico internacional.
A imprensa
indiana de hoje dá conta da entrada ao serviço do novo navio e o jornal The
Hindu, chama-lhe “sentinel of the seas”, ao mesmo tempo que analisa o
crescente aumento do poder militar indiano.
Duas curiosidades
sobre o Vikrant e sobre Cochim.
- O INS Vikrant é o segundo porta-aviões indiano
com este nome, tendo o primeiro entrado ao serviço em 1961 e tomado parte nas
operações que levaram à “queda da Índia Portuguesa”.
- Cochim foi “o
primeiro porto português da Índia”, foi visitado por Pedro Álvares Cabral em
1500 e foi lá que morreu Vasco da Gama na noite de Natal de 1524. Em 1663, após
uma presença de um século e meio, os holandeses expulsaram os portugueses da
cidade e da costa do Malabar.
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