O filme Napoléon do realizador britânico Ridley
Scott teve a sua estreia mundial ontem, tendo sido particularmente aplaudido na
Córsega, a terra natal do Imperador, e na Provença, a região que conserva muitas das memórias daquele a que os franceses também chamam “le Petit Caporal”.
Vários jornais franceses, como por exemplo La Provence que se publica em
Marselha, dedicaram grandes crónicas ao filme que mostra as origens e a
ascensão política do grande comandante militar que foi Napoleão Bonaparte,
através do seu relacionamento íntimo com Josephine de Beauharnais, a “mulher
que foi a única pessoa a dominar a fera”, mas que apresenta as principais
batalhas da sua carreira militar, como Marengo, Austerlitz, Borodino, Waterloo
e o seu exílio na ilha de Santa Helena. Porém, o filme só teve o apreço de 75%
dos espectadores franceses, tendo sido muito criticado enquanto versão
hollywoodesca da glória napoleónica da França que surge demasiado americanizada
e com algumas falhas em relação à verdade histórica.
A estreia do
filme despertou uma onda de entusiasmo em torno da figura de Napoleão. Um
chapéu que que lhe pertenceu – o famoso bicorne preto com a sua faixa azul,
branca e vermelha – foi vendido no passado domingo num leilão realizado em
Fontainebleau pela Casa Osenat, pela quantia de 1932 milhões de euros!
Este leilão
atraiu coleccionadores de todo o mundo e deu origem a uma verdadeira batalha de
licitações na sala, no telefone e na internet, tendo a Casa Osenat batido o seu
próprio record que, desde 2014, estava em 1884 milhões de euros. Segundo foi
anunciado, conhecem-se vinte chapéus de Napoleão, dos quais quinze estão em
museus e cinco em colecções privadas. Muitos chapéus tinha o Napoleão ou, como
diria um amigo meu, “chapéus há muitos”…
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