A Conferência das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 é a 28ª conferência promovida
pelas Nações Unidas para pressionar os governos a adoptar políticas que limitem
o aumento da temperatura global do nosso planeta e para que se adaptem aos impactos
que aparecem associados às alterações climáticas. A conferência é conhecida como a COP28, realiza-se no Dubai até ao dia 12 de Dezembro e nela
estão presentes delegados de quase duzentos países, incluindo alguns dos
líderes mundiais e o primeiro-ministro António Costa. O anfitrião e presidente
da COP28 é o sultão Ahmed Al Jaber dos Emirados Árabes Unidos.
O primeiro dia
dos trabalhos foi marcado pelo discurso de abertura de António Guterres, o
homem que fez da luta contra as alterações climáticas o seu maior desafio e que
recentemente visitou a Antártida e o Nepal, verificando pessoalmente o degelo
da calote polar e a fusão de glaciares, cujos efeitos “estão à vista de todos” nos
deslizamentos de terras, nas inundações e na subida do nível dos mares. Disse Guterres
que “os sinais vitais da Terra estão a falhar: emissões recorde, incêndios
ferozes, secas mortais e o ano mais quente de sempre. Estamos a milhas dos
objetivos do Acordo de Paris – e a minutos da meia-noite para o limite de 1,5
graus. Mas não é demasiado tarde. É possível evitar o colapso e o incêndio do
planeta. Dispomos das tecnologias necessárias para evitar o pior do caos
climático – se agirmos agora”. Guterres não está
sozinho e um dos seus aliados é Lula da Silva que declarou que “o planeta está
farto de acordos climáticos não cumpridos”.
Entretanto, o
jornal londrino The Independent perguntava na sua edição de ontem “de que é que
estão à espera?” Porém, um pequeno sinal positivo
aconteceu no início da cimeira, pois foi acordada a constituição de um fundo de
“perdas e danos” para apoiar os países mais pobres afectados pelos efeitos das
alterações climáticas a ser gerido pelo Banco Mundial, que mobilizou 420
milhões de dólares. Foi apenas um sinal...
Sem comentários:
Enviar um comentário