Na noite de terça
para quarta-feira da corrente semana, ou de 29 para 30 de Outubro, chuvas
torrenciais inundaram o sul e o leste da Espanha, sobretudo na Comunidade
Valenciana e na Andaluzia. Nas suas edições de hoje, os jornais espanhóis
escolheram para título das suas primeiras páginas, palavras como drama, apocalipse, tragédia, dilúvio,
catástrofe, hecatombe, devastação e luto, escrevendo que foi “um ano de
chuva em oito horas”, que matou pelo menos 95 pessoas, embora haja dezenas de
pessoas desaparecidas e outras isoladas em locais inacessíveis. De acordo com
as notícias, haverá ainda 1200 pessoas presas nas estradas e cerca de cinco mil
veículos bloqueados.
O jornal Hoy de Badajoz publica a
fotografia de uma rua da localidade de Picaña, na comarca de Huerta Sur, na
periferia da cidade de Valência, que mostra os efeitos catastróficos das
cheias. Essa fotografia “diz mais que
mil palavras” e foi escolhida por quase todos os jornais espanhóis para ilustrar esta
tragédia valenciana.
Caíram mais de
400 litros de chuva por metro quadrado e este fenómeno meteorológico também já
tem acontecido em várias regiões de Portugal, designadamente em Novembro de
1967 na região de Lisboa, que causou cerca de 700 mortos e a destruição de
cerca de 20 mil casas, constituindo a pior catástrofe na região de Lisboa desde
o grande terramoto de 1755.
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