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Porém, os tempos mudaram e o governo
até já anunciou que “chegou o momento do
investimento”. Sendo assim, o processo de privatização dos CTT não faz
sentido nenhum, porque a sua venda é, objectivamente, um desinvestimento, como já evidenciou o recente encerramento de 124 das suas estações. Apesar da tendência europeia para a
privatização dos correios e para a liberalização total do sector postal, os CTT
não são uma empresa qualquer, pois são um instrumento de coesão social e
territorial que atenua a desertificação do interior e serve populações
carenciadas, para além de terem um historial centenário e serem reconhecidos
como um dos melhores operadores mundiais. Acontece, ainda, que nos últimos anos
os CTT têm rendido ao Estado dividendos superiores a 50 milhões de euros anuais,
ou seja, a empresa não é deficitária e contribui de forma significativa para a
receita pública. Então, porquê vendê-la? Por este andar e com esta teimosia
privatizadora, ainda acabam a vender as Berlengas, a Torre de Belém ou a ilha do Corvo.
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