No
próximo dia 18 de Setembro de 2014 vai realizar-se o referendo sobre a
independência da Escócia que foi acordado entre o governo escocês e o governo
britânico, para que os escoceses decidam se querem tornar-se independentes ou querem
continuar a fazer parte do Reino Unido.
A independência da Escócia é uma
reivindicação política muito antiga, pelo menos desde que os reinos da Escócia
e da Inglaterra se unificaram em 1707 através do Tratado da União, formando o
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. Está tudo tratado pacificamente
e, no caso da vitória de uma decisão favorável à independência, até já está
marcada a data da sua declaração formal: 24 de Março de 2016.
Um dos principais
problemas actualmente em discussão refere-se à existência da Base Naval de Faslane,
situada a cerca de 40 quilómetros de Glasgow , assim
como à presença
da frota nuclear submarina que aloja os mísseis balísticos Trident. A corrente independentista escocesa defende a retirada das
armas nucleares britânicas do seu território, mas a base assegura 6.700
empregos, além de já estar programada a fixação de toda a frota submarina
britânica em Faslane a partir de 2017, o que criará empregos adicionais
directos e indirectos. Entretanto, a transferência dos submarinos nucleares para a Base Naval de
Devonport (Plymouth )
está fora de causa por ser uma área densamente povoada que não aceita ser
exposta aos riscos nucleares e, qualquer outra opção, tem custos astronómicos que
os especialistas consideram insuportáveis. Assim, pode estar em causa a
capacidade nuclear submarina britânica.
Na
sua edição de hoje, o jornal The Herald, um jornal de Glasgow que
se publica desde 1783 e reivindica ser um dos mais antigos jornais do mundo,
destaca exactamente esse assunto relativo aos 12 submarinos nucleares das
classes Astute e Trafalgar, que são um dos símbolos do poder naval e do prestígio
britânico no mundo.
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