Vários Chefes de
Estado e outros altos representantes de mais de cinquenta países assinalaram ontem na
Bélgica o centenário do início da 1ª Guerra Mundial, na qual pereceram cerca de
17 milhões de pessoas, entre militares e civis.
Embora a guerra tivesse
começado com a invasão da Sérvia pelos exércitos austro-húngaros (28 de Julho),
foi a invasão da Bélgica e a declaração de guerra da Alemanha à França (3 de
Agosto) e o consequente envolvimento britânico (4 de Agosto), que aceleraram o
desenrolar do conflito. Por isso, a efeméride foi especialmente evocada na
Bélgica, em França e no Reino Unido, embora tivesse interessado muitos outros
países, entre os quais Portugal, onde a comunicação social promoveu diversas
iniciativas com destaque para o suplemento diário que o jornal Público vem publicando desde 28 de
Julho sobre “os 100 anos da I Guerra Mundial”.
Nas cerimónias
realizadas em Liége foi recordada a invasão alemã que desencadeou o conflito na
frente ocidental, tendo o presidente francês agradecido à Bélgica a resistência
de Liége que retardou a entrada das tropas alemãs no território francês. Outros
discursos inspiraram-se nas “lições da História” e lembraram a enorme catástrofe
que foi a guerra que varreu a Europa entre 1914 e 1918, tendo algumas vozes
apelado para a necessidade do velho continente não optar pela indiferença
relativamente aos conflitos que actualmente acontecem na Ucrânia, no Iraque, na
Síria ou em Gaza, mas antes escolher uma intervenção pacificadora. Por
razões diplomáticas não foi dito que, pior do que a indiferença, é tomar
partido com o indisfarçado objectivo de vender armas ou de tomar posições no
jogo do petróleo naquelas regiões.
Portugal também
entrou na guerra a partir de 9 de Março de 1916 quando a Alemanha decidiu fazer
uma declaração de guerra ao nosso país, embora nessa altura já decorressem
operações militares na fronteira sul de Angola e na fronteira norte de
Moçambique.
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