Os resultados das
eleições regionais francesas, que tiveram a sua 1ª volta no dia 6 de Dezembro e
a 2ª volta no dia 13 de Dezembro, traduziram-se numa vitória dos Republicanos
de Nicolas Sarkozy em 7 regiões e da União da Esquerda de François Hollande em
5 regiões, conforme assinala hoje edição do Le Monde na sua primeira
página. Estavam inscritos nos cadernos eleitorais cerca de 45 milhões de
franceses, mas apenas 26 milhões votaram e destes apenas foram validados cerca
de 25 milhões de votos, o que mostra que em França, tal como em muitos outros
países da Europa, os cidadãos confiam cada vez menos nos políticos que têm e consideram
a participação eleitoral e a democracia participativa cada vez mais desinteressante.
Nas eleições
francesas os votos nacionais distribuiram-se pela União da Direita ou
Republicanos (40,2%), pela União da Esquerda ou Socialistas (28,8%) e pela
Frente Nacional (27,1%), embora estes resultados não tenham quaisquer
consequências imediatas a nível nacional, salvo no que respeita a uma primeira
perspectiva das eleições presidenciais de 2017.
Nicolas Sarkozy recuperou na
sua ambição de regressar ao Eliseu, enquanto a Frente Nacional que na 1ª volta tinha
vencido em seis regiões e se esperava que pudesse vencer em duas ou três
regiões, sucumbiu ao apelo ao voto útil feito pelos seus adversários e a uma
maior participação eleitoral. Apesar disso, o partido de Marine Le Pen que
privilegia o discurso anti-imigração e anti-Europa, teve cerca de 6,8 milhões
de votos e esse resultado preocupa a França e a Europa, pois lança uma enorme incerteza na política
francesa.
A propósito,
poder-se-à perguntar onde se encontram em Portugal os amigos de Marine Le
Pen...
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